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DÉFICIT DE HABITAÇÃO É DE 35 MIL MORADIAS

19.08.2012

São Bernardo é a maior cidade do ABC, com 406 km², logo era de se esperar que sofresse com a construção de inúmeras moradias irregulares e com a construção de uma efetiva política habitacional. Mesmo com o investimento total previsto no Plano Plurianual 2010/2013 para a habitação de R$ 719 milhões, incluindo recursos próprios, contratos de repasse e financiamentos, o déficit quantitativo de moradias do município, aquele cuja solução demanda a construção de novas residências, atinge 35.341 famílias. O número é considerado alto, apesar da construção de 2.676 unidades nos últimos quatro anos e da previsão que as entregas ultrapassem 5 mil residências até o final de 2013. O mapeamento da Prefeitura também identifica 155 favelas com 55.012 domicílios e 106 loteamentos irregulares com 31.808 casas, totalizando assim 261 assentamentos precários ou irregulares, com 86.820 lares construídos. Os dados foram estabelecidos pelo PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social) e fazem referência a estudos realizados até julho deste ano. Ainda de acordo com o levantamento, 69.624 famílias moram em unidades habitacionais que necessitam de regularização fundiária e de intervenções pontuais, como rede de abastecimento de água, afastamento e tratamento de esgoto, iluminação e outras melhorias. Integrante dos índices do chamado déficit qualitativo, parte significativa destas moradias demanda obras complexas de urbanização, saneamento integrado e correção de riscos, necessárias para viabilizar a regularização fundiária. Segundo a Secretaria de Habitação, o enfrentamento do déficit qualitativo se dá por meio de dois programas habitacionais, que estão em andamento na cidade: o Urbanização Integrada com Regularização e o Regularização Fundiária de conjuntos habitacionais e assentamentos consolidados (que não demandam obras para regularizar). Mercado imobiliário continua aquecido Se São Bernardo ainda busca equilibrar o déficit habitacional, o mercado imobiliário da cidade há 11 anos não tem do que reclamar. “Em 2011, lançamos cerca de 800 unidades e vendemos tudo rapidamente. Este ano, tivemos certa estabilização nas ofertas devido a alguns fatores, como a falta de áreas e burocracia na aprovação de projetos, mas as perspectivas continuam a ser muito boas”, relata Aparecido Viana, diretor responsável pela Viana Negócios Imobiliários. Milton Bigucci, diretor de uma das maiores construtoras do ABC e presidente da ACIGABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), endossa Viana. “A procura nos plantões de venda continua muito grande e o aumento do poder de consumo da chamada classe C foi fundamental para a elevação nas vendas”, completa.

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