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EMPREGO NA CONSTRUÇÃO FICA ESTÁVEL EM SETEMBRO

04.11.2013

Leone Farias 
Do Diário do Grande ABC


Denis Maciel/DGABC

O nível de emprego com registro em carteira nas construtoras no Grande ABC ficou praticamente estável em setembro, mas a tendência, ainda, é de que o setor fechará o ano com menos vagas que em 2012.

Houve, no nono mês do ano, alta de 0,06% no saldo de postos de trabalho (contratações menos demissões) em relação a agosto, o que significou a abertura de 44 vagas, segundo dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil  do Estado de São Paulo). Em todo o Estado, houve melhora no indicador, com a criação de 5.765 vagas, e apenas três áreas tiveram retração: Ribeirão Preto (78 postos a menos), Bauru (167) e São José do Rio Preto (83).

Os números tímidos da região trazem para representantes do setor a perspectiva de que dificilmente será possível reverter, no fim de 2013, a forte queda observada ao longo deste ano. De janeiro a agosto, o segmento registra o corte de 743 vagas e, nos últimos 12 meses, a retração é de 2.838 postos de trabalho.

Para a diretora adjunta da regional do SindusCon-SP no Grande ABC, Rosana Carnevalli, que tem empresa do ramo em São Caetano, este foi um ano difícil para a atividade na região, que tem forte dependência do desempenho das indústrias de transformação (os produtores de bens, como automóveis e autopeças). E, como o setor industrial teve muitos altos e baixos ao longo do ano (com meses bons, seguidos por outros de queda), as incertezas da economia impactaram nas compras de imóveis e na decisão das construtoras de lançar prédios. “Várias empresas seguraram os lançamentos”, disse a dirigente. E para piorar, segundo ela, obras iniciadas durante o boom imobiliário (entre 2009 e 2010), em grande parte, se encerraram neste ano. Rosana afirma, ainda, que o fim do ano tradicionalmente é época de vendas fracas nesse ramo, o que não ajuda a reverter os dados negativos do emprego.

A diretora tem expectativa de reação nas contratações em 2014, entre outros fatores, por obras de mais infraestrutura. “No ano que vem haverá eleições”, lembra. Além disso, a região tem demanda grande por unidades de dois dormitórios, com valores de R$ 200 mil a R$ 300 mil, avalia.

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