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INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO E MOBILIDADE URBANA GANHAM IMPULSO

26.03.2013

Há grandes obras também em dois dos mais deficitários setores do Brasil, saneamento e mobilidade urbana. A Sabesp executa no interior paulista e no litoral norte do estado mais de 120 projetos em 325 municípios com população de 12 milhões de habitantes. Os investimentos chegam a R$ 780 milhões só este ano. Em São José dos Campos, sétima maior cidade de São Paulo, com 650 mil moradores, duas estações vão tratar água suficiente para 850 mil pessoas e evitar o lançamento de esgoto in natura no Rio Paraíba do Sul, que abastece de água o Rio de Janeiro.

Já na capital fluminense, a concessionária Foz Águas 5, formada pela Foz do Brasil, do grupo Odebrecht, e o grupo Águas do Brasil, desenvolve um dos mais ambiciosos programas de saneamento do país: a implantação da infraestrutura de esgotamento sanitário de 21 bairros da zona oeste da cidade. No segundo semestre deste ano começam as obras para a implantação de 2.100 quilômetros de tubulações, dez estações de tratamento e 141 elevatórias, com o trabalho de 600 operários já na primeira etapa.

A meta é atender 2,1 milhão de cariocas e atingir a universalização da coleta de esgoto com reflexos ambientais para a Baía de Guanabara e a Baía de Sepetiba, que recebem hoje 255 milhões de litros de dejetos por dia. "O impacto é extremamente relevante em termos de qualidade de vida, saúde e ambiente na última fronteira de crescimento da cidade do Rio", diz Armando Goes, presidente da Foz Águas 5. "O grande desafio é cumprir a meta do governo de São Paulo de atingir 100% de esgoto tratado em todo o interior até 2014", diz Luiz Paulo de Almeida Neto, diretor de sistemas da Sabesp.

Outro grande projeto em São Paulo é o da ampliação do metrô. Os investimentos previstos chegam a R$ 22 bilhões. A primeira fase vai ampliar os 74 quilômetros da malha para mais de 100 e deve estar pronta entre 2014 e 2016. A rede, que transporta 4 milhões de passageiros por dia, se expande em quatro frentes com 4.680 operários nos canteiros de obras.

O prolongamento da Linha 5-Lilás ligará Santo Amaro à Vila Mariana, com mais 19,9 km de extensão e 17 estações para atender diariamente 770 mil passageiros. Em modelo de monotrilho, a Linha 15-Prata, entre Vila Prudente e Cidade Tiradentes, terá 18 estações e 25,8 km de vias elevadas com projeção de receber 500 mil usuários por dia. A primeira fase do monotrilho da Linha 17-Ouro terá 7,7 km de extensão, fazendo a ligação entre o Aeroporto de Congonhas a Jabaquara, e atenderá a um público diário de quase 100 mil usuários por dia. Já a segunda fase da Linha 4-Amarela, com 12, 8 km de trilhos e 11 estações, vai ligar a Luz à Vila Sônia e beneficiará 1 milhão de usuários.

No setor ferroviário despontam as obras da Transnordestina, Norte-Sul e da Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol). Juntas eles representam investimentos de mais de R$ 27 bilhões. Só a Fiol, que ligará o novo porto de Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no Tocantins, com 1.527 quilômetros de extensão, consome 9.600 caminhões de terra por mês. A primeira fase da obra prevê a implantação de quase dois milhões de dormentes de concreto. Ajudam nos trabalhos nos quatro lotes em execução nada menos de 250 máquinas, entre motoniveladoras, escavadeiras e compactadores. (PV)

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