ACIGABC

Notícias

ATERRO SANITÁRIO DE SANTO ANDRÉ PODE GANHAR VIDA ÚTIL

29.10.2012

 Licença prévia permite que município inicie ampliação do depósito sanitário público

O Aterro Municipal de Santo André pode ter mais nove anos de vida útil, caso a Prefeitura consiga cumprir as determinações estabelecidas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que emitiu licença prévia para ampliação do equipamento. 

 

Localizado na Cidade de São Jorge, o depósito sanitário estava com a capacidade esgotada há quatro anos. A licença expedida pela companhia garante que a administração municipal possa iniciar a ampliação usando área de 40 mil metros quadrados dentro do próprio equipamento. Dessa forma, os limites do aterro se aproximarão ainda mais do lago conhecido como Tancão do Guaraciaba. Na administração Celso Daniel, a área seria transformada em um parque público.

 

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) é responsável por adequar o novo terreno, que hoje acomoda os prédios administrativos do aterro e dois galpões que servem às cooperativas de reciclagem – dois novos espaços já foram construídos para receber as cooperativas. 

 

O solo deve ser impermeabilizado, canaletas e tubulações devem ser instaladas para remover o chorume, que será levado à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE ABC) evitando contaminação do solo e lençóis freáticos.

 

A licença elenca outras adequações, a serem feitas em três anos – após o período, o Semasa deve pedir a licença novamente. Após as intervenções, o local passará por nova avaliação da Cetesb.

 

Ampliação - A licença para ampliação do Aterro Municipal foi solicitada no início da atual gestão da Prefeitura, que teve de adequar documentos e enquadrar o projeto às normas. Nesse tempo, o Semasa extravasou a capacidade do aterro e atualmente o lixo de Santo André é encaminhado para aterros particulares, como o Lara, em Mauá. 

 

Região gera 1.640 toneladas de lixo por dia

De acordo com dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), o ABCD gera 1.640 toneladas de resíduos sólidos por dia. Desse total, cerca de 1% é reciclado. Atualmente, todas as cidades enviam os resíduos para ao Aterro Lara, em Mauá, e por enquanto apenas São Bernardo possui alternativa para a terceirização do tratamento de lixo. 

Em junho, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, assinou contrato com o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara. O grupo será responsável pela implantação e administração do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos, conhecido como Usina Verde. A ideia do projeto é coletar o lixo da cidade, fazer a seleção do material reciclável, e usar os resíduos orgânicos para gerar energia através da queima limpa. O acordo entre Prefeitura e Consórcio SBC tem duração inicial de 30 anos e valor de R$ 4,3 bilhões.

 

O local de instalação da Usina será a área do antigo Lixão do Alvarenga, aterro sanitário que recebeu resíduos urbanos e químicos por três décadas e teve funcionamento encerrado em 2002 por medida judicial. Para receber o equipamento, o acordo prevê a despoluição da área. A usina, orçadainicialmente em R$ 600 milhões, deve gerar 22 MW/h de energia e a previsão de início dos trabalhos é a partir do segundo semestre de 2014.

últimas notícias