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REFORMADA, "ESCOLA DE LATA" TEM MAIS CONFORTO

21.03.2012

Apesar de serem uma boa solução para construção rápida, as estruturas metálicas foram condenadas na aplicação para prédios escolares. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, as unidades construídas com placas de metal ficaram conhecidas como "escolas de lata", famosas pelo desconforto térmico e pela falta de isolamento acústico. Confundidas com contêineres, essas estruturas tornaram-se polêmicas e ampliaram o preconceito sobre o uso dos módulos metálicos. São Paulo optou, no início dos anos 2000, pela construção de escolas com placas metálicas para responder com maior agilidade à demanda por escolas na periferia das grandes cidades. A estratégia foi construir espaços provisórios nos novos bairros que pipocavam nas periferias. "Na história da construção escolar sempre houver pressão para erguer escolas em pouco tempo", diz Avany de Francisco Ferreira, gerente de projetos do departamento de obras e serviços da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão ligado à Secretaria de Educação. Ela diz que a tecnologia das placas metálicas mudou muito nos últimos anos e é possível ter espaços permanentes com o modelo. "Nossa ideia era ter escolas provisórias. Com o tempo, tornou-se inviável mudar os prédios, por conta da falta de terreno nas proximidades." A escolha seria deixar de atender os estudantes ou fazer modificações nas escolas para adequá-las aos parâmetros da alvenaria. Em São Paulo, 77 escolas foram construídas com módulos metálicos. Todas elas, segundo Avany, passaram por adequações para melhorar o conforto. O projeto original já previa pé direito alto nas salas, ventilação cruzada, entre outros recursos. Para as adaptações, a FDE contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para elencar as modificações. Entre as mudanças estão a instalação de telhas sanduíche (recheadas com material para isolamento termoacústico), a ampliação de beirais e a substituição de algumas paredes internas por alvenaria. Terminadas as obras, o IPT fez a medição em todas as unidades e constatou que o desempenho das escolas montadas com estrutura metálica é o mesmo das de alvenaria. A temperatura média, por exemplo, é igual em dias de muito calor. "Apesar dos laudos e modificações, ainda há a percepção de que estas escolas são mais quentes e barulhentas", diz (CA)

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