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A carga tributária do País cresceu e atingiu patamar exorbitante em 2010, chegando a 35,04% do PIB (Produto Interno Bruto), o que representa aumento nominal de arrecadação de R$ 195,05 bilhões em relação a 2009 (17,80%) - passando do total de R$ 1.095,92 trilhão para R$ 1.290,97 trilhão.

O levantamento, realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), revela ainda que a carga tributária em relação ao PIB teve crescimento de cinco pontos percentuais nos últimos dez anos, passando de 30,03%, em 2000, para 35,04% em 2010.

Isso significa que, no ano passado, cada brasileiro pagou aproximadamente R$ 6.722,38 apenas de impostos - aumento aproximado de R$ 998,96 em relação a 2009.

Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o crescimento econômico, o aumento na eficiência de fiscalização dos órgãos arrecadadores e a formalização de muitas empresas foram fatores que contribuíram para o aumento da carga tributária no período.

"Pena que todos esses recursos não são empregados para melhorias em setores como Educação e Saúde. O valor arrecadado em tributos serve apenas para pagar funcionários públicos, juros e previdência social, basicamente", afirma Olenike.

Os tributos que mais contribuíram para tal crescimento em 2010 foram: ICMS (R$ 40,72 bi), INSS (R$ 32,87 bi) e Cofins (R$ 21,80 bi) e Imposto de Renda (R$ 16,60 bi).

RECORDE - Os números demonstram que a carga tributária de 2010 registrou crescimento recorde, com arrecadação expressiva, se comparada ao ano imediatamente anterior, com expansão nominal de 17,80%, em comparação a 2009.

O presidente do IBPT enfatiza que nos últimos dez anos os governos retiraram da sociedade brasileira R$ 1,85 trilhão a mais do que a riqueza gerada no País. "Todos nós precisamos cobrar da administração pública redução imediata da carga tributária, com a diminuição das alíquotas dos principais tributos, medidas que venham a desafogar os cidadãos brasileiros, que estão no seu limite de capacidade de pagamento de tributos", aponta.

Ele aponta ainda que, além de impostos como IPTU e IPVA, o consumidor brasileiro arca com altas taxas ao pagar as contas de energia elétrica e serviços de telecomunicações. "No supermercado os itens com maior percentual de impostos são as bebidas e cigarros", explica o presidente da IBPT.