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BB REDUZ PARA 22% PROJEÇÃO DE ALTA DO CRÉDITO EM 2011

31.01.2011

BRASÍLIA - O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, disse hoje, durante café da manhã com jornalistas, que diante das medidas de aperto monetário que vêm sendo implementadas pelo Banco Central (BC), a instituição reduziu de 25% para 22% sua projeção de crescimento do crédito para pessoa física este ano. Apesar disso, segundo ele, o BB segue trabalhando com uma expansão total do crédito de 17% a 20 em 2011.

 

Bendine explicou que a redução no ritmo de crédito ao consumo será compensada por um aumento no financiamento aos investimentos, o que atende a orientação dada pela presidente Dilma Rousseff. "A presidente orientou o BB a manter atuação forte como agente indutor do desenvolvimento do País. Ela pediu atenção especial no financiamento do investimento", declarou. O presidente do BB disse ainda que não houve uma determinação do governo para que o crédito ao consumo fosse desacelerado neste ano.

Segundo Bendine, o ritmo menor de crescimento previsto se deve às recentes medidas de restrição ao crédito, como a elevação do compulsório bancário e o início do ciclo de alta da taxa básica de juro (Selic), ontem. Bendine lembrou que o recolhimento do compulsório ficou até acima do previsto pelo BC.

Em relação ao crédito para investimento, ele não forneceu uma previsão de crescimento da carteira em 2011, mas mencionou que estão em análise projetos de investimentos da ordem de R$ 65 bilhões.

Posição vendida

O presidente do BB disse ainda que a instituição já está ajustando sua posição vendida em câmbio, em função da medida anunciada pelo BC no início deste mês. Segundo ele, o ajuste será completado antes do prazo de 90 dias instituído pelo BC.

A autoridade monetária anunciou a criação de um depósito compulsório para instituições financeiras com posição vendida em dólar superior a US$ 3 bilhões ou ao patrimônio de referência. O prazo para adaptação à nova regra é de 90 dias. Bendine disse que o BB não especula com o real e ressaltou que o aumento da posição vendida da instituição decorreu do fato de que o banco teve o melhor desempenho dos últimos cinco anos no financiamento ao comércio exterior.

No jargão do mercado financeiro, ?estar vendido? sinaliza realização de negócios que exigem a entrega futura de dólar ou pagamento da variação cambial. Na prática, isso representa a aposta dos bancos de que o real vai se valorizar. Estar ?comprado?, por consequência, sinaliza a expectativa de depreciação da moeda brasileira.

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