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TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL FALTAM MAIS EM DIAS CHUVOSOS

29.06.2011

O tempo frio e chuvoso faz o número de faltas nos canteiros de obras dobrar. A estimativa é de que quando chove o volume de profissionais que deixam de ir ao trabalho chega a 10%, por obra, no Grande ABC - o índice em períodos mais quentes e secos é de 5%, em média. "Geralmente, os operários moram longe da obra que trabalham. Com a chuva, as ausências são mais decorrentes", afirma a diretora da regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo, Rosana Carnevalli.

E não para por aí. Dias chuvosos geram alto índice de prejuízo às construtoras. "Se uma obra fica parada por dois meses, a perda é de 4% no valor total do empreendimento, onde 2% desse montante se referem à mão de obra parada", conta o diretor técnico da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Milton Bugucci Junior.

No caso de uma obra com valor raso (considerando mão de obra e material) de R$ 18 milhões, o prejuízo é de R$ 720 mil em 60 dias, ou R$ 12 mil por dia. Esse é um exemplo de empreendimento com duas torres, 110 unidades (cada uma com 80 m²). "Obra atrasada é dinheiro perdido. Além disso, a imagem da construtora fica abalada, a companhia fica desgastada", conta Junior.

As chuvas atrapalham, principalmente, o início das construções (fundação, terraplenagem, infraestrutura), revestimentos externos e impermeabilizações. "O solo acaba cedendo, por estar muito úmido. Quando iniciada a fase de alvenaria já não é preciso parar o processo", comenta Rosana.

A diretora conta que no início do ano, quando as chuvas foram abundantes, sua construtora teve prejuízo de R$ 30 mil em material. "Como era um condomínio de casas térreas, perdemos toda a infraestrutura e a pavimentação. Demoramos 60 dias para retomarmos as atividades."

Para evitar atrasos, construtoras têm antecipado o cronograma. "A ideia é suprir os imprevistos - seja por chuvas ou falta de funcionários qualificados (realidade do nosso mercado). Se der para antecipar em dois ou três meses as construções, muito melhor", enfatiza Junior, que também dirige uma construtora da região.


 

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