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EMPREGO NA CONSTRUÇÃO TEM QUEDA

14.09.2011

A construção civil no Grande ABC registrou o fechamento de 286 postos de trabalho em julho, o que significou retração de 0,6% sobre o total de vagas existentes no setor em junho (47.495).
Os números, divulgados ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo, contrastam com a evolução do emprego em outros locais do Estado. Na Capital, o índice foi positivo (0,75%) em julho, com a abertura de 2.757 vagas. Na média paulista, houve crescimento de 0,88% no resultado mensal (6.955 postos a mais).
Apesar do recuo nos sete municípios, a diretora adjunta da regional do SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, afirma que pequenas variações negativas de um mês para o outro podem ser interpretadas como algo pontual, "uma obra que acabou, isso não é significativo".
Esses recuos se concentram em algumas cidades: caso de São Caetano, que apresentou fechamento de 268 vagas no mês, e Mauá e Ribeirão Pires, em que houve, respectivamente, o corte de 183 e 40 postos de trabalho.
No entanto, para Rosana, é importante analisar períodos mais longos. E no acumulado dos primeiros sete meses, os números são favoráveis: há aumento de 0,6% no emprego no Grande ABC. Ainda assim, o percentual é bem menor do que a expansão observada em outros locais - na Capital, o índice foi de 7,89%, em Santos ficou em 11,16% - e na média paulista (6,52%).
A diretora avalia que, apesar do menor ritmo de contratações no segmento, não há motivos para acreditar que haverá recessão na atividade no Grande ABC. "Existe uma acomodação normal no mercado", afirma.
Ainda segundo a dirigente, existem muitos projetos imobiliários em fase de comercialização ou em aprovação nas prefeituras. Com isso, há a expectativa de que os índices de emprego reajam nos próximos meses, com contratações para fazer a construção dos condomínios. Outro fator que justifica perspectivas favoráveis são obras de infraestrutura, que devem ganhar força, por causa dos investimentos públicos para a Copa de 2014. Além disso, o Grande ABC havia se beneficiado de forte impulso no segmento em 2010. Na avaliação da diretora, esse fato faz com que a base de comparação seja elevada e, por isso, o ritmo de abertura de vagas tende a ser menor neste ano.
NO PAÍS - Em todo o País, houve a contratação de 31,7 mil trabalhadores da construção civil em julho, novo recorde para o índice de emprego do setor. Dentre as regiões, o Nordeste foi o destaque, com a maior alta percentual (3,68%), o que representou a abertura de 6.488 vagas.

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