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BROOKFIELD SINALIZA QUE SEU PIOR MOMENTO PASSOU

14.11.2012

Embora os resultados do terceiro trimestre apresentados pela Brookfield Incorporações sejam piores que os do mesmo período do ano passado, a comparação com o segundo trimestre e o tom do presidente da companhia, Nicholas Reade, ao avaliar o desempenho no intervalo de julho a setembro, sinalizam que o pior já passou. "Viramos a página", afirma Reade. No terceiro trimestre, a Brookfield registrou lucro líquido de R$ 31,18 milhões. O resultado representa queda de 71% ante o período equivalente de 2011, mas melhora do desempenho ante o prejuízo líquido de R$ 383,5 milhões do segundo trimestre, quando o balanço foi, fortemente, impactado por ajuste de orçamento de R$ 316,9 milhões. Até que os projetos em que foram feitas revisões de custos, no segundo trimestre, forem entregues, as margens da Brookfield ainda serão afetadas. No fim de 2013, a margem bruta da incorporadora deve voltar a 29%, retomando o patamar histórico de 28% a 30%, conforme o presidente da companhia. "Vamos elevar nossa margem bruta em cerca de dois pontos percentuais a cada trimestre", diz Reade. A margem bruta caiu de 25,3% no terceiro trimestre do ano passado para 21% no intervalo de julho a setembro de 2012. A companhia informou também margem bruta ajustada de 27,2%. No terceiro trimestre, a incorporadora fez ajuste de custos de R$ 16,9 milhões. Se não fosse a revisão de orçamento, o lucro líquido da companhia, no período, poderia ter sido de R$ 46,9 milhões. "Mas a quantia de R$ 16 milhões é insignificativa em comparação ao orçamento total de R$ 10 bilhões desses projetos", pondera o executivo. No terceiro trimestre, a receita líquida da Brookfield teve queda de 23,1%, para R$ 920,74 milhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda recuou 38,2%, para R$ 155,76 milhões. A margem Ebtida caiu de 21% para 16,9%. De acordo com o presidente da Brookfield, a relação entre dívida líquida e patrimônio líquido da companhia deverá ficar em torno de 100% no fim de 2013. Essa relação estava em 121,4% no terceiro trimestre, ante 70,7% no mesmo período do ano passado e 110,6% no segundo trimestre. Se os recursos do aumento de capital de R$ 400 milhões já estivessem no caixa da companhia em 30 de setembro, a proporção entre dívida líquida e patrimônio líquido seria de 92,4%. Em outubro e novembro, entraram no caixa da Brookfield 99,8% dos recursos do aumento de capital. A alta esperada para a alavancagem ante o patamar pro-forma do fim do terceiro trimestre deve-se ao crescimento expressivo da empresa no ano passado, que resulta em elevado consumo de caixa para a execução das operações. A Brookfield estima se tornar geradora operacional de caixa em 2014. A companhia mantém as metas para 2012 de lançamentos e vendas. A expectativa é cumprir o ponto mínimo do guidance de lançamentos, cuja faixa projetada vai de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões. Até setembro, o Valor Geral de Vendas (VGV) lançado chegou a R$ 1,4 bilhão. No terceiro trimestre, os distratos (rompimento de contratos) brutos somaram R$ 90 milhões, abaixo de R$ 109,2 milhões do segundo trimestre e dos R$ 125 milhões do primeiro trimestre.

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