CORREDOR EM S. BERNARDO AJUDA A DESATAR NÓ VIÁRIO NO ABCD
Batizado de Corredor Leste-Oeste, conjunto de obras viárias que ligará dois extremos da cidade terá custo de R$ 332 milhões
O conjunto de obras viárias denominado Corredor Leste-Oeste, que ligará a praça dos Bombeiros, na região leste da cidade, com a rodovia dos Imigrantes, no extremo oeste, será crucial para desafogar o trânsito em trechos críticos do Centro e também de outras cidades da Região, afirmou o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos. O viário terá custo total de R$ 332 milhões, sendo R$ 84 milhões dos recursos da Prefeitura e o restante do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Grandes Cidades, pelo governo federal. Do montante da verba municipal, 83% – R$ 70 milhões – serão usados exclusivamente para pagamento de desapropriações de 120 imóveis, entre unidades residenciais, comerciais e industriais. Algumas das obras que compõem o Corredor já foram ou estão sendo efetuadas, como a duplicação da avenida José Odorizzi, iniciada em novembro de 2011, garantida pela parceria da Prefeitura com a montadora Scania e finalizada em maio do ano passado. A via faz ligação com a estrada Samuel Aizemberg e Imigrantes, entre o km 20,5 da Anchieta e a avenida Humberto de Alencar Castelo Branco. Na avenida Rotary, que ganhou recentemente uma nova faixa de rolamento, está prevista a construção de um viaduto sobre a rotatória que leva ao Jardim Irajá, eliminando em 50% o fluxo de veículos naquele trecho, considerado crítico em horários de pico. O elevado fará ligação com a avenida Luiz Pequini, facilitando o acesso de moradores de bairros populosos, como a Vila São Pedro. Viadutos - Ainda estão previstos viadutos sobre a avenida Castelo Branco, Robert Kennedy, a duplicação do viaduto Tereza Delta, que fica no km 20,5 da via Anchieta, e a duplicação do viário posterior, para ligação com a avenida Faria Lima e Prestes Maia, na região central. “Esses viadutos podem ser feitos simultaneamente, em alguns casos. A duplicação do Tereza Delta está prevista ainda para este ano. Já as obras na região do Centro devem ficar apenas para 2014, devido às desapropriações”, explicou o secretário. Para Campos, a desapropriação da maior parte dos imóveis deve ser tranquila. “No entanto, a região central tem pontos comerciais muito lucrativos. Assim como ocorreu na obra de rebaixamento da avenida Lions, esperamos certa resistência dos proprietários”, avaliou. Assim que iniciada a construção dos viadutos, o prazo para término do conjunto viário é de 18 meses. Tráfego - O secretário ressaltou a importância do Corredor Leste-Oeste para o alívio do trânsito na cidade. “Há o tráfego de passagem, que segue pelas vias municipais apenas para acessar as cidades vizinhas, e o local, que consiste nos moradores que circulam por São Bernardo. Estudos indicam que muitos moradores da região da Vila São Pedro acessam a Faria Lima para chegar ao Bairro Cooperativa para trabalhar, por exemplo. Já o trânsito das ruas centrais é composto em sua maioria de motoristas que querem sair de São Bernardo. A ideia é dar mais opções para melhorar a fluidez”, destacou
Outras obras devem ajudar a aliviar congestionamentos A primeira etapa dessas obras termina em agosto deste ano e a segunda está prevista para começar no final deste ano. Já a duplicação da Lauro Gomes, no Rudge Ramos, que liga a cidade a São Caetano, será iniciada dentro de dois meses. Serão feitas, ainda, algumas passagens entre a avenida Dr. Rudge Ramos e a Lauro Gomes, para melhorar o acesso às duas vias paralelas. No Ferrazópolis, a saída da avenida Faria Lima para a via Anchieta terá uma nova pista até janeiro de 2014. Mesmo com todas essas obras, ações regionais são essenciais para desafogar o trânsito da cidade, argumentou Campos. No Consórcio Intermunicipal, secretários de Transportes do ABCD estão finalizando um estudo com todas as intervenções necessárias para que a Região literalmente não trave. “São obras como a duplicação da rodovia Índio Tibiriçá e obras na avenida Prestes Maia, em Santo André”, enfatizou. O bloco buscará financiamentos para pacote de projetos estimado em aproximadamente R$ 10 bilhões. As propostas já foram encaminhadas à ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. A ideia é que o projeto seja contemplado com novos aportes do PAC 2. A conclusão do plano deve ser feita em dois meses, para então ser pleiteado convênio com a União. Prioridade é o transporte coletivo O primeiro corredor de ônibus de São Bernardo será o Leste/Oeste, que ligará a praça dos Bombeiros, região leste da cidade, com a rodovia dos Imigrantes, no extremo oeste do município, e já possui R$ 330 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Grandes Cidades. Com 20 km de extensão, o corredor terá faixas exclusivas para circulação de ônibus e pontos de parada acessíveis com plataformas elevadas e informações aos usuários.
O corredor passará pelas avenidas Francisco Prestes Maia, José Odorizzi e Samuel Aizemberg, que precisará ser duplicada, além da construção de quatro viadutos: um sobre a praça dos Bombeiros, outro sobre a rodovia Anchieta, duplicando a capacidade do viaduto Tereza Delta, o terceiro sobre a avenida Robert Kennedy e o último sobre a avenida Humberto de Alencar Castelo Branco. A intenção é que as obras tenham início no primeiro semestre deste ano.
Os outros 11 corredores serão construídos nas principais vias da cidade, como a estrada dos Alvarenga, avenidas Faria Lima e Senador Vergueiro. O projeto, que conta com financiamento de R$ 250 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), também contempla duas estações de conexões, uma na estrada dos Alvarenga e outra entre a estrada Galvão Bueno e a avenida Maria Servidei Demarchi. Está prevista, ainda, a construção de quatro terminais: nas regiões do Alvarenga/Alves Dias, Batistini, Vila São Pedro e Parque Selecta. As obras devem ser finalizadas ainda neste ano. |
