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DEMANDA CRESCE POR UM DORMITÓRIO

19.11.2012

Para cada perfil de comprador há um diferente tipo de bem. Enquanto os apartamentos de dois dormitórios são, na maioria das vezes, direcionados a quem busca a primeira residência - e dominam o mercado na região -, os de três são os mais procurados no mercado imobiliário por famílias já estruturadas da nova classe média. Mas uma tendência vem crescendo no setor. A demanda por apartamentos de um dormitório não para de expandir. Atualmente o segmento responde por até 10% do total de imóveis novos no Grande ABC. "Esse tipo de imóvel tem ganhado força nas proximidades de faculdades, empresas e hospitais. Também contempla o perfil de executivos. Esse segmento tem tudo para crescer", afirma Helio Korehisa, diretor comercial e de marketing da MZM Construtora. Em média, os imóveis com um dormitório custam entre R$ 150 mil e R$ 200 mil. Claro que existem exceções, mas na maioria os valores se justifica pela sofisticação dos apartamentos, localização próxima aos grandes centros, shoppings, bancos, mercados. "Na Capital, bens com um quarto chegam a custar até R$ 400 mil e estão concentrados na região da Avenida Paulista, parque do Ibirapuera", diz o diretor MZM. A diretora adjunta da regional do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) Rosana Carnevalli enfatiza que imóveis de um dormitório estão cada vez mais elitizados. "Possuem espaço gourmet no terraço, geralmente são entregues decorados e os condomínios são bem estruturados. Na região, em São Caetano, em específico, há uma demanda interessada nesse tipo de bem, já que a população idosa é crescente. Um dormitório é o que muitos aposentados buscam." MAIORES Mesmo com a tendência crescente, os imóveis com dois quartos são ainda são destaque. Na região, como em todo País, são os campeões de venda. Os compradores são casais jovens, sem ou com apenas um filho, que estão adquirindo a primeira residência. "Esse nicho tem sido o carro chefe dos lançamentos, inclusive, e ocupam cerca de 50% do mercado. Geralmente esses bens têm 60 metros quadrados e custam entre R$ 250 mil e R$ 300 mil", avalia Korehisa. Este tipo de imóvel também se torna uma ótima opção de investimento, já que são os mais procurados para locação. Os imóveis de três dormitórios já alcançam o perfil de famílias consolidadas, quando o casal tem dois ou três filhos e necessitam de mais espaço e um condomínio que ofereça opções de lazer. Essas unidades têm, na média, entre 60 e 80 metros quadrados e custam entre R$ 280 mil e R$ 360 mil. "Esse segmento respondem por, aproximadamente, 40% do mercado de vendas", diz o diretor. "Já os apartamentos com quatro quartos são para famílias maiores, com melhor poder aquisitivo, uma vez que, os valores vão de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, e contam com uma área de 100 metros quadrados", completa o especialista. Para Rosana, os imóveis de dois dormitórios ganham destaque porque cabem no bolso da maioria das famílias brasileiras. "Não é a toa que o mercado já carece de imóveis com dois quartos. Geralmente, se incluem nos produtos econômicos. O valor dos imóveis com três dormitórios não contempla a maior parte da população", destaca. VALORIZADOS Segundo a diretora do SinsdusCon-SP, o metro quadrado de um apartamento em São Caetano varia entre R$ 5.500 e R$ 6.000. Em alguns bairros de Santo André ou de São Bernardo, gira em torno de R$ 2.500 e R$ 3.000, no caso de bens usados, mais antigos e distantes do Centro. "Quanto a Mauá e Diadema, essas duas cidades têm grande potencial para desenvolver produtos econômicos, que custam cerca de R$ 180 mil e têm 50 metros quadrados. Esse nicho inclui, também, empreendimentos horizontais, como sobradinhos. No entanto, em algumas regiões também oferecem apartamentos maiores e com condomínios diferenciados", explica Rosana.

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