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SEGUE AQUECIDA BUSCA POR GALPÕES

07.11.2011

A economia aquecida e condições mais facilitadas de acesso propiciadas pelo Trecho Sul do Rodoanel seguem impulsionando a procura de empresas para a locação de galpões em condomínios industriais no Grande ABC. Na região, os empreendimentos desse tipo vão somar 185 mil m² em áreas neste ano, 20 mil m² mais que em 2010 e a construção desses espaços continuará crescendo. O setor deve ganhar mais 50 mil m² até o fim de 2012, de acordo com levantamento da consultoria da Herzog Imóveis. O segmento nos sete municípios, se comparado com o Interior de São Paulo, é bem menor e há limitações - constata-se falta de espaços disponíveis e forte valorização dos terrenos, o que tem dificultado a viabilização financeira de projetos. Em todo o Estado, há estimados 3,54 milhões de m², e a previsão é que serão 830 mil m² a mais em 2012. No entanto, ao surgirem instalações por aqui, as vagas estão sendo rapidamente preenchidas. "Há muita procura, então o que tem é rapidamente absorvido pela demanda", assinala Simone Santos, diretora da Herzog. Com a taxa de vacância zero (ou seja, lotação completa) nos locais existentes e o grande interesse de indústrias e empresas de logística por mais espaços, construtoras e administradoras se animam em superar os entraves regionais, para ampliar a oferta de empreendimentos. Um exemplo é empreendimento de 26 mil m² que está sendo construído em Diadema e deve ficar pronto em meados de 2012. O empreendimento, que recebe R$ 63 milhões de investimentos e é planejado para ter 26 galpões, ainda finaliza a fundação e já tem tido procura. "Até surpreendeu, já tivemos contatos de uma empresa de aço, que quer alugar 4.000 m², e outra de logística, que tem interesse em outros 12 mil m²", afirmou o diretor da construtora MBigucci, Marcos Bigucci. A empresa, que faz, com essa, sua primeira incursão no mercado industrial, já prospecta outros terrenos, para ampliar a atuação na área. "Temos negócio quase fechado em Santo André, que será maior, deverá ter 82 galpões", afirma o executivo. Outra companhia que atua no ramo, a Retha Imóveis administra um condomínio empresarial em Diadema, que tem 8.900 m² de construção e que está 100% locado. "Temos investidores interessados. Com essa etapa do Rodoanel (o Trecho Sul) valorizou bastante, estamos em busca de áreas interessantes, de bom acesso e viáveis (financeiramente)", diz a gerente Vanuza Dias. VIABILIDADE - Encontrar área viável para a construção de condomínios industriais na região é um desafio, apesar da forte demanda de empresas por espaços, afirma a diretora da Herzog Simone Santos. "Hoje é difícil achar terreno abaixo de R$ 200 o m² e aí fica no limite (da viabilidade econômica)", explica. Em relação à valorização, Simone cita que, nos últimos cinco anos, o preço dos terrenos em Mauá, por exemplo, multiplicou por quatro, passando de pouco mais de R$ 100 para R$ 450 o m². Além disso, há a disputa com incorporadoras, que buscam áreas para construção de residenciais. A executiva explica que nos empreendimentos industriais - que tem série de vantagens por causa da possibilidade do rateio de gastos de segurança, limpeza, portaria etc -, o ideal é a locação de galpões, em média, por R$ 20 o m².

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