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CONDOMÍNIO LACRA TÉRREO DO EDIFÍCIO SENADOR

07.10.2012


Travessia oferece risco aos pedestres. Foto de Andris Bovo
Travessia oferece risco aos pedestres. Foto de Andris Bovo
 
Administração do prédio tomou decisão porque houve tentativas de invasão do prédio que desabou

 
O edifício Senador, no Centro de São Bernardo, que desabou parcialmente em fevereiro deste ano, está com janelas e portas da parte térrea sendo lacradas com blocos. O serviço está sendo realizado após a administração do prédio registrar várias tentativas de invasão no espaço. Portas, janelas e os buracos provocados pelo acidente estão sendo completamente fechados, inclusive as portas da lanchonete Nova Rainha, que funcionava no local. 

Diante das tentativas de entrada, o síndico do edifício, Lauro Salera, percebeu que apenas os tapumes que cercam o prédio desde o início do ano não eram suficientes para inibir os curiosos ou moradores de rua. “Fechamos todas as entradas por motivo de segurança. Deixamos apenas a porta principal aberta, por enquanto”, explicou. 

Questionado se a medida também servia para preservar os pertences de condôminos que ainda permanecem no prédio, Salera declarou que o objetivo é preservar vidas. “Temos receio de que pessoas entrem e causem danos ainda maiores no local”, afirmou.
 
Tapumes
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo esclareceu que o fechamento com blocos do edifício Senador não significa a retirada dos tapumes ou a liberação da calçada que está bloqueada para passagem dos pedestres desde o acidente. 

Após oito meses do desabamento que deixou duas pessoas mortas e seis feridas, a Prefeitura informou que ainda não há previsão de quando a calçada do prédio será liberada. A liberação depende das investigações da Polícia Civil e do destino que será dado ao prédio após a finalização do inquérito policial. 
A calçada do edifício Senador servia de ligação para as pessoas que desciam no ponto do trólebus, antes do Terminal de São Bernardo, por exemplo, e seguiam a pé sentido rua Jurubatuba e avenida Brigadeiro Faria Lima ou vice-versa. Desde o acidente, quem precisa usar aquele trecho deve dar a volta pela avenida Índico.
 

Pedestres se arriscam na travessia
 
Apesar da existência de uma faixa alertando sobre o perigo de se atravessar andando pela via, muitos pedestres se arriscam. No início, a Prefeitura destacou uma equipe da Guarda Civil Municipal apenas para ficar no local, orientando os pedestres e impedindo que se arriscassem andando a centímetros dos veículos. Depois de um período, as mesmas equipes seguiram para outras funções pela cidade. A Prefeitura esclareceu que agora cabe ao pedestre obedecer à sinalização de segurança. 

Mesmo após o laudo do IC (Instituto de Criminalística) apontar a corrosão das barras de aço da laje como responsável pelo desabamento do edifício, o delegado do 1º DP, Victor Vasconcellos Lutti, que investiga o caso, não tem culpados pelo acidente. 

Lutti pediu novos documentos ao caso para ver ser consegue chegar a alguma conclusão sobre os possíveis responsáveis. Também existe a possibilidade de Lutti solicitar novos laudos ao IC. O delegado faz mistério sobre o término ou não do trabalho da polícia científica no caso.

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