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ROSSI ELEGE REGIÃO DE BRASILIA PARA SEU MAIOR PROJETO

21.10.2010

Aproveitando a explosão imobiliária do Distrito Federal e redondezas, a Rossi vai fazer o maior lançamento de sua história em número de unidades. A companhia planeja um novo bairro popular na cidade de Valparaíso de Goiás, com 4 mil unidades. Ao todo serão 20 fases, lançadas ao longo de sete anos e a empresa montará uma fábrica de pré-fabricados no próprio terreno para abastecer o projeto.

A empresa comprou um antigo loteamento, que fica em um terreno de 300 mil metros quadrados, e reaprovou o projeto na prefeitura - são dez condomínios com prédios de quatro andares e um VGV total de R$ 420 milhões. A Rossi fez parceria com a construtora Luner. Para que o projeto pudesse ser viável, a companhia assumiu o custo de criar uma estação de tratamento de esgoto para 36 mil habitantes. Empreendimentos desse porte em cidades pequenas geralmente têm problemas de aprovação por conta da falta de infraestrutura.

Os apartamentos vão custar, no máximo, R$ 100 mil e, portanto, estão dentro do Minha Casa, Minha Vida. "Há forte demanda no Centro-Oeste por habitações populares", diz Frederico Kessler, diretor regional da Rossi. "São pessoas que trabalham em Brasília, mas não conseguem morar lá, nem nas cidades-satélite", diz o executivo. O mercado do Distrito Federal está muito aquecido por conta da escassez de espaços no plano piloto, onde o metro quadrado está acima de R$ 10 mil. Em cidades próximas, como Águas Claras, os preços quintuplicaram em seis anos.

Valparaíso de Goiás possui cerca de 130 mil habitantes e é um dos 27 municípios da região metropolitana de Brasília - fica próximo da divisa entre o Distrito Federal e Goiás, a cerca de 35 quilômetros da rodoviária de Brasília.

Diferente dos loteamentos populares, os bairros planejados para classes baixas (com as casas ou apartamentos já prontos) se multiplicaram nos últimos dois anos. Mas o Brasil ainda não tem tradição em empreendimentos com mais de duas mil unidades, muito comuns no México. Será um teste para a Rossi, que já tem outros quatro bairros populares planejados, todos menores.

Outras empresas apostam no segmento. A Bairro Novo, da Odebrecht, nasceu com esse conceito. A Rodobens também atua dessa forma no interior. A Cury, parceira da Cyrela, tem um projeto na Zona Leste de São Paulo.

Ontem à noite, a Rossi apresentou os resultados operacionais e um dos principais destaques foi justamente o segmento econômico - que representou 75% do total de unidades lançadas (4.527 unidades) e 51% do VGV. Os lançamentos no terceiro trimestre somaram R$ 928 milhões, alta de 6,3% sobre 2009. As vendas de julho a setembro foram de R$ 802 milhões, contra R$ 517 milhões em 2009. (DD)

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