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POUPANÇA PER CAPITA TEM ALTA DE 13%

24.09.2012

Aumentou o interesse da população do Grande ABC por guardar dinheiro. O valor aplicado na caderneta de poupança por habitante expandiu 13% no fim do primeiro semestre contra o mesmo período de 2011. Em média, cada morador das sete cidades tinha reservado na conta poupança, desconsiderando em qual instituição financeira, R$ 4.234,95 em junho. No fim do sexto mês do ano passado, o valor era de R$ 3.743,57. Tendo em vista a alta liquidez deste tipo de aplicação, o que facilita os saques, o resultado é visto pelos especialistas como positivo economicamente. As pessoas estão depositando mais do que sacando, uma vez que o rendimento da aplicação está abaixo da elevação do investimento. Enquanto o valor subiu 13%, o retorno da poupança no período de 12 meses encerrados no fim de junho foi de 6,6%. Os resultados são frutos de cruzamento de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com informações publicadas pelo Banco Central, neste mês, referentes a junho. Os valores são nominais. Em primeira análise, o professor de Economia da Fundação Santo André Ivan Prado diz que o cenário econômico atual, de incertezas, colaborou para o resultado crescente. Já o diretor para o Grande ABC do Corecon (Conselho Regional de Economia), Leonel Tinoco, acredita que o medo de perder emprego, por exemplo, tem estimulado as pessoas a criarem mais reservas financeiras. "Ele escuta falar que a indústria vai mal, que estão entrando muito importados e prejudicando as empresas nacionais. Então, cria certo receio", explica. Prado pontua que a poupança é de conhecimento da maioria das pessoas. Junto a isso, a Bolsa de Valores, alternativa para criar reservas, está com alta volatilidade devido ao cenário de incertezas econômicas, entre elas reduções consecutivas nas previsões de crescimento da economia brasileira e o desenrolar da crise europeia e norte-americana, que caminha para a luz lentamente. Os fundos de investimentos, por sua vez, estão com as taxas de administração muito mais evidenciadas com a redução da Selic, acrescenta Prado. "E o Tesouro Direto, opção interessante, não é tão popular a ponto de chamar a atenção da maioria. No fim, mesmo com a poupança rendendo menos (vinculada à Selic), as pessoas dão preferência a ela". REGIÃO - São Caetano é a cidade com a maior poupança per capita no Grande ABC, com atuais R$ 10.189,38. Este valor, que cresceu 13% sobre o resultado de junho de 2011, posicionou o município em quarto lugar nacional, queda de uma posição frente ao mesmo período de 2011. Águas de São Pedro (SP), com R$ 10.883,28, Monte Belo do Sul (RS), com R$ 10.597,42, e Garibaldi (RS), com R$ 10.383,13, são os líderes no País. Santo André é dona do segundo lugar na lista do Grande ABC. São R$ 4.922,39, em média, aplicados na caderneta por morador. O valor representa elevação de 10% sobre o resultado de junho de 2011. Em terceiro está São Bernardo, com R$ 4.731,67. As três cidades puxaram para cima o valor médio da região. Tinoco acredita que haja relação entre a elevação dos salários e a expansão dos valores aplicados na poupança. "Temos visto aumentos reais da renda, ou seja, do salário médio dos trabalhadores. Dependendo do indicador, essa expansão tem oscilado entre 3% e 5%." Como o ganho é acima da inflação, teoricamente sobra mais dinheiro para as famílias. Ribeirão Pires apresentou crescimento de 14%, com R$ 3.041,37; Diadema teve alta de 15%, com R$ 2.848,03; Mauá garantiu R$ 2.048,22 (16%) e Rio Grande da Serra, com incremento de 12% no valor médio, registrou R$ 788,55.

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