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CUSTO DA MÃO DE OBRA RECUA E ÍNDICE DA CONSTRUÇÃO SOBE

27.07.2011

O Índice Nacional do Custo da Construção de Mercado, indicador apurado pela Fundação Getulio Vargas que é referência para o reajuste do financiamento de imóveis pelas construtoras, desacelerou em julho. Ficou em 0,59% frente à variação de 1,43% no mês anterior.
O ritmo menor de aumento dos preços refletiu o fato de que junho foi mês de acordo salarial na categoria em São Paulo, principal mercado do segmento no País, segundo o coordenador de projetos da FGV, Ana Maria Castelo.
Mesmo assim, a mão de obra foi o que impulsionou para cima a taxa geral em julho, o apresentar alta de 0,84%. No mês passado, havia subido 2,46%.
Para a especialista, a escassez de profissionais qualificados ajuda  a pressionar o INCC-M. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria aponta que a falta de trabalhadores capacitados é a maior preocupação das empresas do setor atualmente. Entre as principais influências para a alta do INCC no mês estão reajustes do servente (0,79% em julho) e do pedreiro (0,85%).
No acumulado dos sete primeiros meses, o custo da mão de obra foi a 9,15%, acima do observado no mesmo período do ano passado (7,95%).
Por sua vez, os materiais e equipamentos tiveram variação mais próxima da estabilidade: 0,37% em julho. Foi menos do que no mês anterior (0,42%).
O produto que liderou a alta foi o cimento (cuja variação acelerou e passou de 0,61% para 1,01%). Vergalhões (-0,48%) e tubos e conexões de ferro (-0,26%) puxaram para baixo o indicador.
 
PERSPECTIVA
Para a coordenadora de projetos da FGV, os próximos meses também devem ter taxas do INCC-M menores que as de junho. Isso porque a mão de obra tem influência significativa no índice e só faltam dois Estados para a definição de acordos salariais (Minas Gerais e Pernambuco).
Em relação aos materiais e equipamentos, a avaliação é de que o quadro até agora tem sido favorável. De janeiro a julho, esse grupo de itens está com alta de 3,07%, desempenho de preços inferior ao do mesmo período do ano passado (3,96%). No entanto, o cimento tem tendência de elevação, e com isso não se descarta que o item continue pressionando para cima o indicador, observa Ana Maria.

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