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SOBEM FINANCIAMENTOS PARA IMÓVEIS DE LUXO

20.06.2013

Em 2012, foram lançadas 9.012 unidades de apartamentos na região, dos quais 608 são de quatro dormitórios ou mais e podem ser considerados de alto padrão. Esse número representa crescimento de 30% na oferta deste tipo de imóvel em relação a 2011, quando de um universo de 9.008 unidades lançadas, 469 tinham essas características.

“De fato, o número de lançamentos de alto padrão cresceu, mas continua a representar parcela muito pequena do mercado imobiliário da região — cerca de 7% —, que se caracteriza por oferecer apartamentos de dois ou três dormitórios com valores entre R$ 300 e R$ 700 mil, num perfil voltado para a classe média”, descreve o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci. “A experiência mostra que os compradores deste tipo de imóvel fazem a compra à vista ou financiam diretamente junto à construtora”, completa o dirigente.

Mas, não há como descartar mudança no perfil tradicional. A imobiliária Coelho da Fonseca analisou asvendas dos imóveis de R$ 1 milhão ou mais na Capital e identificou mudanças significativas de comportamento. “Há uma tendência dos clientes em comprar imóveis de luxo utilizando financiamento”, diz o diretor, Cláudio Costa.

A partir de levantamento baseado nas vendas realizadas, a empresa apurou que o número de imóveis deste perfil comprados por meio de financiamentos cresceu 686% entre os anos de 2009 e 2013. Se o volume de recursos for considerado, o salto é maior, chegando a 1.362% neste período.

“Mesmo clientes com condições de comprar unidades à vista e até aqueles com perfil mais conservador têm optado pelo financiamento”, diz Costa. “Em 2008, cerca de 10% financiavam, hoje pelo menos 50% da clientela de alto padrão busca crédito bancário”, completa o executivo, que atribui a mudança à combinação de financiamentos com taxas de juros menores para imóveis de mais de R$ 500 mil, ao aumento do prazo de financiamento para 35 anos e também por mudança de mentalidade.

“Um movimento que temos percebido é que o brasileiro em geral deixou de associar financiamentos à falta de dinheiro e passou a enxergá-lo como uma forma de planejamento que permite a viabilização de seus desejos”, diz o diretor.

Ele chama a atenção para o fato de que, num ambiente em que as taxas de desemprego são baixas, as pessoas se sentem confiantes para usar crédito bancário para comprar um imóvel que atenda melhor suas expectativas em termos de localização, metragem e configuração. “O interessante é que, mesmo financiando em 30 anos, esse comprador tende a quitar o contrato em sete ou oito anos”, observa Costa.

Segundo ele, na Coelho da Fonseca, até maio deste ano, o número de financiamentos para imóveis de todas as faixas cresceu 30% em comparação com o mesmo período de 2012.

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