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COMPRA DE CASAS CAI 45% NA CAPITAL

23.03.2011

A queda nas vendas de unidades residenciais também se repetiu na Capital, no primeiro mês do ano. O lançamento de imóveis no início de 2011 não diferiu do mesmo período de anos anteriores. Mas as 830 unidades comercializadas representam o menor volume de vendas desde 2004 - quando houve mudança na metodologia da pesquisa.

Os dados são da pesquisa sobre mercado imobiliário, realizada mensalmente pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e divulgada ontem.

Uma das principais justificativas, segundo a entidade, é o efeito da tradicional sazonalidade do período de férias, que esfria esse ramo.

O movimento de vendas do primeiro mês ficou 45% abaixo do observado em janeiro de 2010 (foram comercializados 1.508 imóveis naquele ano), diz o balanço.

Celso Petrucci, economista-chefe da entidade, destaca como positiva a alta registrada nos lançamentos: 601 unidades, contra 590 unidades em igual período do ano passado.

 "É preciso entender que em 2010 o cenário econômico era diferente do que estamos vivendo. Além disso, neste ano o Carnaval foi mais tarde, o que pode ter influenciado as construtoras a realizarem seus investimentos nos próximos meses", argumenta o representante.

O mercado de imóveis com dois dormitórios vendeu 307 unidades, equivalente a 37% do total comercializado na Capital, confirmando a liderança na segmentação por tipologia de dormitórios. Imóveis com três quartos ficaram com a segunda maior fatia: 257 unidades (31%).

A Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio) apurou em janeiro total de 601 unidades colocadas em oferta na cidade de São Paulo. A participação da Capital foi de 37,3% no volume de lançamentos da Região Metropolitana, considerando-se os 1.610 imóveis ofertados no mês.

Como a sazonalidade de janeiro reflete também nos imóveis comerciais, esse mês contou com o lançamento de apenas um empreendimento, com 31 conjuntos, na Capital.

ZONEAMENTO

A advogada Lúcia Tucci frisa que restringir coeficiente da lei de zoneamento de fato não acarreta diminuição nos lançamentos. Mas diz que isso provoca uma readequação nos parâmetros urbanísticos da região. Também diz que uma consequência negativa é o encarecimento das unidades, decorrência dessas restrições da lei.

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