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IMÓVEIS AINDA IRÃO SE VALORIZAR

07.05.2012

Bolha. Esta palavra vem sendo repetida à exaustão quando o assunto é o mercado... Bolha. Esta palavra vem sendo repetida à exaustão quando o assunto é o mercado imobiliário brasileiro, em referência à expressiva valorização de unidades residenciais e comerciais, novas ou usadas, registrada nos últimos dois anos. É fato que os valores médios dos imóveis comercializados sofreram sensível alta. Na cidade de São Paulo, pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apontou que no último ano os apartamentos usados registraram valorização de 28,6%, o que significa ganho de 2,383% ao mês, índice superior a qualquer investimento de renda fixa. Há quem diga que esses preços não se sustentam, que a valorização foi exagerada e que a tendência é de queda a partir de 2012. Qualquer análise um pouco mais aprofundada do mercado chegará a outro tipo de conclusão, bem diferente das previsões pessimistas. O conceito de bolha imobiliária está ligado a conjunção de fatores, entre os quais, e principalmente, a forte valorização dos preços dos imóveis acompanhada do esgotamento do crédito (e a inadimplência). Não é este o cenário brasileiro e, consequentemente, não há, de forma nenhuma, a tal bolha. Em 2010 o crédito imobiliário, no Brasil, representou 4% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo projeção da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), até 2015 esse percentual terá praticamente triplicado, alcançando 11% do PIB destinados a financiamentos para a compra de imóveis.Paralelamente, com a demanda maior que a oferta, não há nenhum indicativo de que haverá queda nos valores dos imóveis, e sim um ritmo de valorização menor do que o registrado nos últimos dois anos. Para 2012 os principais analistas econômicos projetam novas reduções da taxa Selic, o que poderá diminuir ainda mais os juros pagos em aplicações de renda fixa e ampliar a concorrência entre esse tipo de investimento e a compra de imóveis a serem destinados para locação. O chamado mercado secundário, de imóveis usados - aqueles que tiveram pelo menos um proprietário, seja ele pessoa física ou jurídica - vem se tornando especialmente atraente, em razão da crescente escassez de terrenos para construção de outros empreendimentos, principalmente na Capital paulista. Em 2012 o imóvel continuará sendo boa aposta de investimento seguro e rentável. Sem bolhas e sem sustos. Roseli Hernandes é diretora da administradora Lello Imóveis.

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