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PREÇOS DE IMÓVEIS DO GRANDE ABC SEGUEM EM RITMO DE DESACELERAÇÃO

05.02.2014

Preços de imóveis do Grande ABC seguem em ritmo de desaceleração



Leone Farias 
do Diário do Grande ABC


Andréa Iseki/DGABC

Quem está interessado em comprar um imóvel na região, tem motivos para começar a se animar. Os preços médios do metro quadrado de apartamentos prontos, embora sigam em ascensão, vêm crescendo em ritmo mais lento nos últimos meses e, em janeiro, esse quadro de desaceleração praticamente se manteve, aponta o Índice FipeZap, apurado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com o portal Zap Imóveis. 

No mês passado, as altas oscilaram entre 0,7% (São Caetano) e 0,8% (Santo André e São Bernardo), portanto, próximas do patamar esperado para o IPCA (Índice de Preços ao ConsumidorAmplo), que é de 0,72%, segundo o boletim Focus, do Banco Central. E é bem menos do que os aumentos mensais de até 1,8% observados em setembro (veja quadro ao lado). 

Os reajustes do metro quadrado do Grande ABC em janeiro também foram semelhantes à média de 16 cidades monitoradas (além das três principais da região, outras como Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Recife e Belo Horizonte), que ficou em 0,8%. Esse último índice de variação dos valores era maior (estava em 1%) em dezembro. 

Segundo a pesquisadora da Fipe, Priscila Ribeiro, apesar da desaceleração, ainda é cedo para falar em tendência para os próximos meses, já que alguns indicadores ainda colaboram para os aumentos. 

“O mercado de trabalho continua aquecido e o crédito está em expansão”, afirma. Ela pondera, no entanto, que a inflação vem crescendo, o que ajuda a reduzir a procura, já que as famílias ficam com orçamento mais comprometido com outros itens. Com isso, o metro quadrado tenderia a se estabilizar, avalia a especialista. 

Para o delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) no Grande ABC, Alvarino Lemes, os preços ainda estão altos, mas muita gente vem aceitando reduzir em R$ 30 mil a R$ 50 mil suas propostas para fechar negócio. O valor mais alto, entre os três municípios pesquisados da região, é o de São Caetano (R$ 5.293 o m²), que é mais caro que cidades como Florianópolis (R$ 5.178) e Fortaleza (R$ 5.135). Santo André tem o m² a R$ 4.586 e São Bernardo, a R$ 4.342. 

Lemes considera que, nos últimos anos, alguns fatores contribuíram para a valorização imobiliária, entre os quais a construção do Rodoanel. A perspectiva, segundo ele, é de que o mercado reduza esses patamares atuais. “Vai demorar mais um ou dois anos, mas (o custo dos imóveis) deve começar a cair, está muito fora do preço real”, avalia.

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