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S. BERNARDO INICIA COLETA SELETIVA PORTA A PORTA EM JUNHO

25.03.2013

De olho em melhorar a qualidade de vida, São Bernardo dá, ainda neste semestre, os primeiros passos para ampliar o processo de reciclagem da cidade. A meta do município é aumentar a coleta seletiva de 1% para 10% e a quantidade de catadores de 80 para mil até 2016. Para alcançar esse objetivo, o município inicia em junho a implantação da coleta seletiva porta a porta no Bairro Rudge Ramos, de forma experimental. Esta é a terceira e última matéria da série sobre o futuro do lixo de São Bernardo.

“Primeiro queremos testar o programa (porta a porta) para depois expandir a outros bairros da cidade”, explicou o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli. Neste tipo de coleta, materiais recicláveis são separados pelos moradores e recolhidos, uma vez por semana, pelo caminhão de reciclagem. No entanto, para que o programa dê certo, antes do início da coleta, a Prefeitura vai orientar a população. “Já temos 16 pessoas no Rudge passando de casa em casa. Os moradores precisam saber o que se recicla ou não e como separar esse material”, disse  (veja quadro ao lado).

A ideia é que o processo de educação ambiental seja algo permanente, assim que o programa porta a porta for expandido. O processo, inclusive, consta no contrato para a instalação do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos, que prevê o manuseio de todas as fases do lixo (coleta, processamento, tratamento e destinação final em usina no Alavarenga, que irá queimar o lixo e gerar energia elétrica para a cidade, projeto inédito no Estado de São Paulo).

Além da cooperação da população, de acordo com Secoli, outro desafio do programa será impedir que os carroceiros e carrinheiros (catadores avulsos) atrapalhem o processo de recolhimento dos materiais recicláveis. “Teremos de coibir os atravessadores. Eles tentarão roubar estes resíduos destinados exclusivamente às cooperativas de catadores do município”, explicou o secretário.

Na Região - A coleta seletiva porta a porta foi iniciada no ABCD em Santo André, em 1998. O sucesso foi tanto que em 2000 o projeto se estendeu por todo o município, fazendo de Santo André a terceira cidade do País a conseguir o feito. São Caetano conseguiu ampliar a coleta para 100% do município apenas ano passado. Também em 2012, Ribeirão Pires iniciou um projeto piloto no Jardim Pastoril. Já em Diadema, a coleta porta a porta, por enquanto, é realizada apenas na área de abrangência dos postos de coleta seletiva da cidade.

Ecopontos - Além da implantação do programa porta a porta, São Bernardo também iniciou neste semestre a substituição dos Pevs (Pontos de Entrega Voluntários), que recebem material reciclado, por novos modelos e a ampliação da quantidade de Ecopontos, destinados a entulhos de construção civil.  A expectativa é ampliar de três para 30 a quantidade de Ecopontos na cidade. Destes, dois serão implantados em 2013, entre eles o do Montanhão, que está em fase de execução. Os outros serão construídos até 2018.

Para os próximos anos, a Prefeitura também criará seis centrais de triagem operadas por cooperativas de catadores para garantir a ampliação do serviço de reciclagem. A expectativa é que as cooperativas gerem entre 500 e 800 postos de trabalhos. “Também estamos tentando criar mecanismos e mercado para reciclar madeira. Hoje 70% do material recolhido no bota-fora é madeira e isso está indo para o aterro”, comentou o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli.

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