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VENDA DE IMÓVEIS NA REGIÃO CRESCE 26% NO TRIMESTRE

11.05.2012

Foram comercializados no Grande ABC, durante o primeiro trimestre, 1.427 apartamentos novos. O volume é 26,4% maior do que o total vendido de janeiro a março de 2011, de 1.129 unidades. O resultado é o melhor dos últimos quatro anos, quando foram adquiridas 1.699 unidades na região. O acréscimo seguiu o mesmo ritmo da Capital, em que as vendas cresceram 26,6%. Os dados integram pesquisa da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) divulgada ontem. Dos 1.427 imóveis novos comercializados de janeiro a março, 815, ou 57%, têm dois dormitórios. Na sequência configuram os de três quartos, com 531 unidades ou 37% do total. O perfil da maioria dos compradores é, tradicionalmente, de pessoas entre 25 e 40 anos. O município que mais vendeu apartamentos nos primeiros três meses foi São Bernardo, somando 740 unidades e detendo 51,86% desse mercado no período. Na avaliação do presidente da Acigabc, Milton Bigucci, o crescimento das vendas é reflexo do aumento do poder de compra, principalmente da classe C, atrelado à diminuição dos juros. Em agosto, a Selic, taxa básica de juros, estava em 12,5%; hoje, está em 9%. Além disso, o acesso ao financiamento imobiliário não vem sendo dificultado desde o fim do ano passado como o crédito para a compra de automóveis. "Não existe qualquer bolha imobiliária. Tivemos cinco anos de alta, ótimos para vender, e continuaremos assim, só que em ritmo menor. Este ano, classifico como bom para o comércio de imóveis", afirmou Bigucci. "Com a redução da taxa de juros e a concorrência entre os bancos, as vendas devem ser ainda maiores, pois o financiamento ficará mais barato." Segundo estimativa do presidente da entidade, diminuindo a taxa de 10% para 9% ao ano (caso da Caixa Econômica Federal), ao fim de 30 anos haverá redução de 15% nos preços dos imóveis. "O barateamento dos juros é fundamental para o mercado imobiliário", disse. Para Bigucci, o volume do financiamento para a habitação no Brasil ainda é pequeno, correspondendo a 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em países como Chile, México e Estados Unidos, o montante supera 15% das riquezas geradas. Com a queda dos juros, ele acredita que a alta das vendas também deverá ser estimulada pelos investidores, que poderão substituir as tradicionais aplicações por imóveis. Ainda mais que, para este ano, Bigucci projeta valorização dos preços dos apartamentos entre 1% e 2% acima da inflação. "Há somente um problema no crédito para a compra de imóveis. Embora o governo venha pedindo para que os bancos reduzam suas taxas, ele também tem que fazer sua parte. Ao tomar empréstimo, a pessoa física paga 2,6% ao ano só de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), e não se mexeu no imposto." Volume de lançamentos diminui 35,6% no período O Grande ABC recebeu o lançamento de 1.023 apartamentos de janeiro a março, volume 36% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 1.589 imóveis. O movimento também seguiu o da Capital, que recuou em 29% o número de unidades lançadas. Do total, 538 apartamentos (53%) têm dois dormitórios e 288 (28%) possuem três quartos. O município que mais contribuiu foi Santo André, com 492 unidades ou 48,1% do total. Os imóveis lançados no primeiro trimestre somam valor de R$ 379,8 milhões, sendo R$ 193,8 milhões na cidade e R$ 123 milhões em São Caetano, onde o número de novas unidades chega a 255. Segundo o presidente da Acigabc, Milton Bigucci, as grandes construtoras que vieram à região ficaram praticamente sem novidades. "Todas lançaram volume menor por conta do alto estoque, decorrente do grande número de empreendimentos que vêm sendo feitos desde 2008", afirmou. "Temos tradicionalmente 4.000 unidades em estoque. Hoje, estamos com 5.000." A construção civil vem sofrendo com a falta de mão de obra especializada, o que também contribui ao cenário.

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