CONSTRUTORAS MIRAM NOVA CLASSE MÉDIA DA REGIÃO
A nova classe média do Grande ABC desponta como a menina dos olhos das construtoras. Não é para menos. Esse público já representa mais da metade da população brasileira e ainda sofre com o déficit habitacional. Diante disso, empresas que tradicionalmente construíam para o alto padrão descobriram nesta fatia da sociedade novo nicho de mercado e estão apostando nela para alavancar suas vendas. O preço desses imóveis varia entre R$ 130 mil e R$ 300 mil e são destinados para famílias com renda mensal de até 10 salários-mínimos, que estão comprando o primeiro imóvel.
A GMK, também reconhecida por atuar com o alto padrão, já foca investimentos para esse novo consumidor. Em março, a incorporadora lançou empreendimento com imóveis que custavam R$ 135 mil e, das 650 unidades disponíveis, 648 foram vendidas em menos de cinco meses.
"Há um déficit grande de moradia e esse público intermediário está disposto a comprar imóveis", diz o diretor de negócios da empresa, André Kovari.
FINANCIAMENTO
A facilidade de financiamento é um dos motivos que levou a essa expansão de venda de imóveis econômicos. Mesmo assim, empréstimos para a compra de moradia representam apenas 4% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Em países mais desenvolvidos, esse percentual ultrapassa 20% do PIB.
Colaborou Paula Cabrera