ACIGABC

Notícias

MOBILIDADE DEMORA PARA SAIR DO PAPEL

05.03.2013

Sem definir detalhes para melhorar trânsito na região, Consórcio Intermunicipal ainda deve promessasTIAGO OLIVEIRA / SANTO ANDRÉ
tiago.oliveira@abcdbomdia.com.br















Considerada prioridade pela nova gestão do Consórcio Intermunicipal, a série de intervenções na área de mobilidade no ABCD ainda vai demorar para sair do papel. Nenhuma obra deve começar neste ano.

A reunião dos prefeitos realizada ontem mostrou que ainda há um longo caminho entre a intenção das administrações e o início de obras consideradas essenciais para melhorar o trânsito de veículos e o transporte coletivo regional.

PROPOSTAS / Os prefeitos definiram um pacote de 116 intervenções que serão apresentadas para o governo federal. O objetivo é angariar verbas junto à gestão Dilma para viabilizar  obras nos viários do ABCD e ampliar investimentos no transporte público. 

A lista, no entanto, é formada por propostas rasas, ainda sem detalhes. O pacote é mais um indicativo das intervenções consideradas necessárias do que um conjunto de projetos concretos.

“Não podemos dizer ainda que temos um projeto. Ainda a equipe técnica contratada está trabalhando, nós demandamos olhando todas as sete cidades. Hoje podemos chamar de pré-estudo para ser complementado e virar plano de mobilidade regional”, define o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Luiz Marinho (PT).

ESTRATÉGIA / Na estratégia para tentar conquistar verbas federais para as obras de mobilidade, o Consórcio decidiu apresentar todas as 116 propostas para a gestão Dilma, mesmo sabendo que possivelmente a  verba liberada não será suficiente para tirar metade das ideias do papel.

“Num primeiro momento, até imaginávamos que os prefeitos pudessem hoje priorizar uma ou outra [proposta]”, afirma a coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade Urbana do Consórcio, Andrea Brisida. “Mas a ideia que os prefeitos tiveram foi que levássemos todo o pacote para o governo federal e esperássemos que o próprio governo federal dissesse: 'Temos R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões disponíveis'”, exemplifica.

BUROCRACIA /A demora na definição de projetos e obtenção de verbas vai empurrar a realização das obras de mobilidade para o ano que vem - em uma perspectiva otimista.

“Quando terá alguma obra proveniente desse debate?”, indaga o prefeito Luiz Marinho. “Não enxerga para esse ano. A dimensão de você liberar recursos, ter o comprometimento, convênio, licitação, estamos falando para 2014”, responde o próprio petista. 

Vice-presidente do Consórcio, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), justifica. “A nossa vontade não acompanha o sistema burocrático que é o poder público”.

Nas próximas duas semanas, o Consórcio vai solicitar audiência com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, para apresentar o pacote. “Acredito que em 60 dias teremos a elaboração técnica concluída, caminhando para a possibilidade de convênio com o governo federal”, afirma Marinho.
 
PROPOSTAS/ A lista de propostas tem como base o diagnóstico feito no ano passado pelo Consórcio, na primeira fase do Plano de Mobilidade Regional. Na época foram identificadas 211 demandas.

Entre os projetos escolhidos agora estão  a duplicação da rodovia  Índio Tibiriçá, uma ligação direta de São Caetano com a via Anchieta, expansão da avenida Lauro Gomes e intervenção no trevo onde está situado o Instituto Mauá de Tecnologia - projeto defendido pelo vereador Fábio Palácio (PR).

últimas notícias