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LUCRO DA EZTEC SOBE 34% NO SEGUNDO TRIMESTRE

09.08.2011

Mesmo com vendas e lançamentos menores no segundo trimestre, a Eztec - incorporadora e construtora que concentra sua atuação na região metropolitana de São Paulo - tem conseguido se manter como a companhia de margens mais altas no setor de construção civil.

A Eztec teve lucro líquido de R$ 75,8 milhões de abril a junho de 2011, alta de 34,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A margem líquida da empresa atingiu 42,7% no segundo trimestre, alta de 7,4 pontos percentuais na mesma comparação. As companhias abertas de construção civil tiveram margem líquida média de 12% no primeiro trimestre. Fora da curva, a margem da Eztec é uma combinação dos altos preços cobrados nos apartamentos e, segundo a empresa, do modelo verticalizado, com construtora e imobiliária. "Temos controle de custos de construção", diz Silvio Zarzur, presidente da Eztec.

A receita líquida no segundo trimestre atingiu R$ 177,4 milhões, crescimento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2010.

No segundo trimestre, os lançamentos caíram 33,7% e as vendas 61,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, houve atraso nas aprovações e os três lançamentos feitos pela companhia (um comercial e dois residenciais) aconteceram na última semana de junho.

Com isso, 100% das vendas do segundo trimestre foram lançadas no terceiro e as vendas contabilizadas no período são exclusivamente de estoque - equivalentes a R$ 98,1 milhões, contra R$ 375 milhões no primeiro trimestre do ano, quando a companhia acelerou os lançamentos. "Já estamos com vendas líquidas de R$ 120 milhões no terceiro trimestre, 20% acima de todo o trimestre anterior", diz o presidente da Eztec, Silvio Zarzur.

"O mercado vai bem, mas vivemos um dia de cada vez", diz Zarzur. Segundo o executivo, a Eztec vendeu R$ 12 milhões no último fim de semana, valor dentro dos padrões da companhia. "Aparentemente, os compradores não estão contaminados com as más notícias", afirma.

Com dívida de R$ 50,5 milhões, caixa de R$ 256,1 milhões, mais R$ 214,7 milhões em recebíveis performados (apartamentos já entregues) e patrimônio de R$ 1,3 bilhão, a companhia faz questão de enfatizar que possui estrutura de capital sólida para enfrentar uma possível crise. "Estamos preparados para enfrentar trancos e solavancos, não nos sentimos pressionados", diz. A Eztec gera caixa positivo há quatro trimestres consecutivos - a maioria das companhias do setor ainda não chegou nesse estágio.

De qualquer forma, a empresa não descarta oferecer descontos nos apartamentos e gastar mais com propaganda no segundo semestre para reduzir estoques, que hoje estão na casa de R$ 500 milhões. "Se for preciso sacrificar um pouco a margem, que está alta, nós o faremos para priorizar liquidez." O objetivo, segundo Zarzur, é reduzir estoques para R$ 350 milhões.

Ontem, as ações da Eztec fecharam a R$ 12,09, queda de 7,7%, para recuo de 8,08 do Ibovespa e de 7,09% do Imob, índice setorial. No ano, o papel cai 11,68% para queda de 29,78% do Imob. Nos últimos 12 meses sobe 25,17%, contra queda de 28,53% do índice. "Nossa cotação, está abaixo do valor de liquidação da companhia (projeção que considera ativos e passivos da companhia), que é de R$ 15,14", diz Emílio Fugazza, diretor de relações com investidores da Eztec

 

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