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CAI CONFIANÇA NO MERCADO IMOBILIÁRIO AMERICANO

19.08.2010

O nível de confiança das construtoras dos EUA afundou em agosto, surpreendendo economistas e reforçando a percepção de que o fim de um programa de crédito do governo vai piorar o desempenho das vendas de casas no país. Executivos de empresas de imóveis se reúnem hoje com integrantes do governo e congressistas para tentar encontrar saídas para o setor. O índice de confiança caiu para 13 pontos, o mais baixo desde março do ano passado, segundo dados apresentados ontem pela Associação Nacional de Construtores de Casas/Wells Fargo. Em julho, o índice estava em 14 pontos. Economistas esperavam que o resultado de agosto subisse para 15. Pelo critério da pesquisa, resultados abaixo dos 50 pontos indicam pessimismo. Desde abril de 2006, o índice está abaixo dessa linha. "As construtoras estão expressando as mesmas preocupações que elas estão ouvindo dos consumidores neste momento, particularmente essa sensação de que a economia como um todo e o mercado de trabalho não estão melhorando", avalia Bob Jones, presidente de uma construtora de Michigan, a NAHB. Hoje, o Departamento do Comércio divulga dados de julho sobre a construção de casas novas. Economistas estimam que houve queda de 2% no número de obras, para 560 mil. Hoje também, o Departamento do Tesouro promove um encontro com investidores, banqueiros e especialistas políticas públicas para discutir financiamento imobiliário. O secretário do Tesouro, Tim Geithner e o secretário de Habitação, Shaun Donovan, participarão do encontro. O governo do presidente americano, Barack Obama, controla atualmente quase todo o crédito imobiliário, após encampar em 2008 as agências que tinham um grande fatia do mercado. Investidores privados têm evitado oferecer financiamentos imobiliários. A alegação deles é que o estado da economia americana inspira preocupações demais para ofertarem esse tipo de crédito. A queda da confiança dos construtores põe mais pressão sobre os congressistas americanos - principalmente os do Partido Democrata, de Obama - que sabem que os problemas do setor de imóveis residenciais deve respingar em suas campanhas para as eleições legislativas de novembro. Em sua edição de hoje, o jornal britânico "Financial Times" lembra que, embora a crise imobiliária tenha começado no governo de George W. Bush, "muitos eleitores culpam o presidente Obama por seus contínuos problemas econômicos".

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