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CHÁCARA COLÚMBIA É TOMBADA COMO PATRIMÔNIO MUNICIPAL

09.09.2013

Camila Galvez
e Drielly Gaspar


Denis Maciel/DGABC

O tombamento da Chácara Colúmbia, na Avenida Senador Vergueiro, na Vila Vivaldi, em São Bernardo, foi aprovado pelo Compahc-SBC (Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo) nesta semana. Segundo o secretário de Cultura da cidade, Osvaldo de Oliveira Neto, os estudos conduzidos pela Pindorama Arquitetura apontaram que o valor histórico está no lote em si, e também na possibilidade de existência de sítio arqueológico com restos cerâmicos, carvão, conchas e fragmentos de louça ou porcelana. O casarão dos anos 1950, depredado pela ação do tempo, não será preservado.

O apelo da comunidade, que realizou em junho protestos pela preservação da área, também influenciou a decisão do conselho, conforme Neto. “Já sobre a existência do sítio arqueológico, pode ser que haja ali algo que não dê para aproveitar. Mas como foram encontrados os remanescentes, é preciso que arqueólogos e geólogos façam as perfurações para confirmar isso. Portanto, é necessário salvaguardar a área.”

Como o secretário adiantou ao Diário em agosto, não há qualquer previsão de desapropriação do terreno, pedido do Movimento em Defesa do Tombamento e Desapropriação da Chácara Colúmbia. “A área continuará sendo particular. Não existe a intenção de desapropriar. Agora, será enviada notificação ao proprietário sobre o tombamento, ou seja, a partir desse momento qualquer possibilidade de uso precisa de aprovação do conselho do patrimônio.”

Neto afirmou que há ainda 35 bens em processo de tombamento na cidade que serão analisados pelo Compahc-SBC até o fim do ano.

Para a professora Meire Lima, 43 anos, integrante do movimento popular, a notícia é bem-vinda, mas faltou desapropriar a área para que o objetivo do grupo fosse totalmente atingido. “Se for uma área somente particular, não adianta nada. Além disso, precisa ver se o proprietário vai mesmo se comprometer a preservar o sítio arqueológico, o que é essencial.”

A MZM Construtora, que assinou contrato de intenção de compra do terreno a fim de erguer ali prédio residencial e comercial, afirmou que irá aguardar diretrizes da Prefeitura antes de se pronunciar.

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