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CONSTRUÇÃO CIVIL ELIMINA 528 POSTOS EM SETEMBRO NA REGIÃO

29.10.2012

O setor da construção civil eliminou 528 postos de trabalho em setembro no Grande ABC, de acordo com dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). O saldo demonstra recuo de 1,06% na comparação com agosto, quando o montante estava positivo em 574 vagas. Para efeito de comparação, em setembro do ano passado houve 23 contratações.

Na avaliação da diretora adjunta da regional do SindusCon-SP Rosana Carnevalli, as demissões podem ter ocorrido porque algumas obras foram finalizadas, e outras, ainda não tiveram início. Com isso, o profissional da construção, acostumado com a migração de local de trabalho conforme a oferta e com a alta rotatividade, passa alguns períodos sem trabalho - e a estatística de emprego registra as admissões e demissões.

Por isso mesmo, Rosana aponta que o dado que melhor reflete a realidade do setor na região é o do acumulado do ano. De janeiro a setembro, o saldo de vagas está positivo em 2.399 registros, alta de 5,10% frente ao mesmo período em 2011. "No geral, o segmento está bem. Não vamos crescer 7%, como foi nos anos anteriores, pois a movimentação no emprego reflete o volume de lançamentos residenciais. Como no ano passado o número de imóveis novos anunciados foi menor, consequentemente temos menos obras neste ano", avalia.

A diretora regional do SindusCon-SP explica que fatores que contribuem com o menor ritmo de lançamentos são o contraste do mercado, impactado pela diminuição da atividade econômica, e a mudança, nos três principais municípios do Grande ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), da lei de zoneamento, que reduziu pela metade o potencial de construção nos terrenos das cidades. "Em São Caetano, onde antes se podia construir seis vezes o valor da área, hoje são permitidas três vezes."

Rosana, porém, ressalta que não acredita na retração do mercado no ano que vem. Isso porque, apesar do número menor de lançamentos residenciais também no primeiro semestre - de acordo com dados da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), foi 40% inferior se comparado aos seis primeiros meses de 2011, com 2.531 unidades -, a região vai receber diversas torres empresariais, comerciais e de hotéis nos próximos anos. "Apesar de 80% dos empreendimentos serem residenciais, os eventos esportivos devem fomentar construções não só voltadas à moradia, o que deve equilibrar a demanda por mão de obra". Sua expectativa é que em 2013, o emprego na construção cresça em torno de 3%.

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