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BRASIL BROKERS PROJETA VENDAS DE 5% A 10% MAIORES

21.03.2013


Aline Massuca/Valor / Aline Massuca/Valor
Sergio Freire, diretor-presidente da Brasil Brokers, afirma estar mais otimista neste momento do que em dezembro

Embora diga que ainda não é possível ter uma "visão clara" sobre qual será o volume de lançamentos imobiliários em 2013, o diretor-presidente da Brasil Brokers, Sergio Freire, informou, ontem, que as vendas contratadas da companhia poderão ter crescimento de até 10% em relação ao ano passado. "As vendas contratadas ficarão estáveis ou crescerão de 5% a 10%", disse.

A expansão será impulsionada pelo mercado secundário, de imóveis avulsos, para o qual a projeção de incremento é de 15% (sem considerar aquisições), e pela retomada do crescimento do mercado primário, ou seja, de imóveis novos, segundo Freire.

No ano passado, as incorporadoras privilegiaram as vendas de estoques a lançamentos, o que se refletiu no desempenho das imobiliárias. Houve também atrasos na liberação de licenças de projetos pelos órgãos públicos em alguns mercados, principalmente em São Paulo. O Valor Geral de Vendas (VGV) lançado pela Brasil Brokers caiu 19% em relação a 2012, para R$ 30,5 bilhões. As vendas contratadas da companhia tiveram queda de 9%, para R$ 17,6 bilhões.

Freire disse estar um pouco mais otimista do que em dezembro, quando as empresas ainda estavam "muito preocupadas em resolver problemas internos e não houve lançamentos importantes". "Alguns lançamentos que seriam feitos no quarto trimestre de 2012 foram adiados para março e abril", afirmou. Esses lançamentos estão começando a ocorrer, segundo o diretor-presidente, e a sinalização é que a demanda está "boa". "Como bons brasileiros patriotas, acreditamos que o ambiente macroeconômico vai melhorar", acrescentou Freire.

O diretor-presidente da Brasil Brokers destacou que as incorporadoras implantaram importantes medidas de ajustes de estrutura e controles. "Iniciamos o ano acreditando que o setor se encontra em situação melhor do que no ano passado", disse. Os preços de imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro poderão ter aumento um pouco acima da inflação, de acordo com Freire. Em Brasília, os valores acompanharão a inflação. Para mercados como Salvador, Natal, Belém e Curitiba, a expectativa é que haja queda real de preços.

No mercado secundário, ou seja, de imóveis usados, a Brasil Brokers mantém foco no aumento de participação, conforme o diretor de operações da companhia, Julio Piña. Nessa área, a companhia tem elevado a parcela dos segmentos médio-alto e alto. As vendas do mercado secundário responderam por 17,3% do total em valor registrado pela companhia no ano passado ante 13,6% em 2011.

No ano passado, a Brasil Brokers comprou a Bamberg, em São Paulo, Miranda, em Brasília, e Libório, em Jundiaí (SP). Segundo Freire, é factível a Brasil Brokers ter três aquisições por ano. "Mas isso vai depender de a empresa agregar lucro à Brasil Brokers e de a aquisição fazer sentido. Estamos muito seletivos" afirmou. A companhia busca, nas suas compras, imobiliárias com foco no mercado secundário.

Em relação ao crescimento orgânico, a Brasil Brokers mantém a estratégia de abrir 20 lojas por ano. No ano passado, a empresa inaugurou 16 lojas.

A companhia obteve lucro líquido de R$ 82,5 milhões no ano passado, 22,6% abaixo do indicador em 2011. O valor foi menor que os R$ 118,29 milhões obtidos pela Lopes, sua da principal concorrente. A receita líquida da Brasil Brokers, de R$ 383,13 milhões, teve queda de 6% ante 2011, e também foi inferior aos R$ 423,09 milhões da Lopes.

Os lançamentos da Brasil Brokers, de R$ 30,52 milhões ficaram pouco acima dos R$ 30,48 milhões da Lopes. Já as vendas contratadas da Brasil Brokers, de R$ 17,57 bilhões, foram menores que os R$ 18,98 bilhões registrados pela Lopes no ano passado.

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