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S. BERNARDO CONTRATA EMPRESA PARA INVESTIGAR DESABAMENTO

10.02.2012

Os condôminos do edifício Senador, no Centro de São Bernardo, e os parentes das duas vítimas fatais do desabamento parcial do prédio poderão ter a certeza de que o acidente será investigado, as causas descobertas e os culpados responsabilizados. Pelo menos essa é a expectativa do prefeito Luiz Marinho. Além das investigações do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Civil, do MP (Ministério Público) e das análises do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a Prefeitura está contratando a empresa Falcão Bauer para analisar e descobrir os motivos da queda das lajes na última segunda-feira (06/02). “Temos nossas responsabilidades, queremos que alguém de credibilidade técnica, além da polícia, nos diga o que aconteceu”, disse Marinho. O prefeito ainda esclareceu que isso não quer dizer que a Prefeitura não acredite no trabalho da polícia, mas sim que quer agilizar o processo de análise. “O laudo da Falcão Bauer deverá sair mais rápido que o da polícia”, ponderou. Para o prefeito, os laudos são o ponto chave para se concluir o motivo real do desabamento das lajes. “Nesse momento, não é possível dizer quem é o responsável. Mas após os laudos periciais poderemos saber, e eventualmente tomar as medidas necessárias”, afirmou. Apesar disso, Marinho admitiu que pediu que a área técnica da Prefeitura faça análise sobre os prazos de validade de laudos de segurança e estabilidade expedidos após vistorias em edifícios da cidade. “É cedo para falar em mudanças. É preciso aguardar o trabalho da perícia”, alertou. Validade - Atualmente o documento, que resulta da vistoria de um engenheiro ou arquiteto contratado pelo condomínio e atesta as condições de segurança das edificações, tem a validade de um a três anos, conforme a análise do profissional. No caso do prédio que desabou, o laudo foi expedido em julho de 2011 e vale por um ano. Uma das hipóteses para o desabamento é infiltração na laje devido à obra de impermeabilização do telhado. “É preciso saber se o engenheiro que fez o laudo tem alguma responsabilidade ou se houve alguma obra, sem o conhecimento da Prefeitura e do profissional. Se isso aconteceu, o síndico terá de responder”, ressaltou. Enquanto aguarda os resultados das análises, o prefeito assumiu a impossibilidade da Prefeitura em realizar os trabalhos de fiscalização sozinha e solicitou a contribuição da população. “Não há como a Prefeitura fiscalizar cada sala de cada edifício da cidade”, avaliou. O morador que estiver se sentindo inseguro em relação à instabilidade do edifício onde mora ou trabalha pode fazer uma reclamação através do telefone 0800-770-81-56. IPT poderá analisar laje de prédio Pedaços da laje onde foi feita a obra de imperbilização do edifício Senador, no Centro de São Bernardo, poderão ser enviados para análise do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). De acordo com o delegado titular do 1º DP (Distrito Policial), Victor Vasconcellos Lutti, que investiga o caso, tudo dependerá da localização de uma empresa que possa retirar a laje que ficou pendurada no prédio e da disponibilidade do IPT. “Ainda não sabemos se será possível retirar o pedaço da laje e se o IPT poderá nos ajudar. Mas acredito que essa análise é substancial para ajudar a solucionar o caso”, comentou Lutti. O delegado ainda disse que a Prefeitura de São Bernardo e o IC (Instituto de Criminalística) estão buscando uma empresa especializada para fazer o trabalho. “É preciso uma empresa técnica para fazer o serviço na laje”, ressaltou. O objetivo da análise é descobrir a resistência do material usado, se a estrutura estava corrompida ou não antes do acidente, uma vez que a hipótese trabalhada pela polícia é que a causa do desabamento do prédio é infiltração associada a outras causas. Síndico - Na segunda-feira (06/02), data do acidente, o síndico do edifício, Lauro Salera, disse que o prédio não havia passado por obras recentes. Porém na quarta-feira (08/02), em entrevista à imprensa, ele teria admitido uma intervenção no local, há cerca de um ano. Porém, questionado sobre o assunto novamente, Lauro desconversou. “Hoje voltei aqui apenas para buscar documentos que serão necessários para o inquérito, a pedido da própria polícia”, afirmou o síndico na quarta-feira, após vistoriar o edifício com o delegado e a Defesa Civil.

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