ACIGABC

A inauguração de 35 centros de compras no País ao longo deste ano, sendo um deles no Grande ABC, possibilitará a geração de 67 mil postos de trabalho, sendo 15 mil deles na região metropolitana de São Paulo, segundo estimativas da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping).

Somente no ano passado, a indústria de shoppings admitiu 1,075 milhão de pessoas, número que representa crescimento de 5,91% em relação a 2009. Nos 766 complexos em operação no Brasil - eram 711 em 2009 -, as lojas ofereceram 995 mil empregos, enquanto as áreas operacionais responderam por 8.000 vagas.

Os segmentos de vestuário, alimentação, calçados e cosméticos lideram as contratações, segundo o diretor de relações institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva. "Esta geração de empregos não considera a expansão dos centros de compras existentes. Sendo assim, o número é maior."

A região Sudeste, que concentra 401 dos 766 shopping centers do País, deverá oferecer mais 161,7 mil oportunidades até 2013, tendo em vista que os 124 empreendimentos previstos para entrar em funcionamento nos próximos dois anos estarão distribuídos entre os quatro Estados.

O executivo da entidade calcula que o ParkShopping São Caetano, cuja inauguração está prevista para novembro, gerará entre 2.500 e 2.700 empregos diretos. Serão 242 lojas, sendo 15 âncoras e megalojas.

 

CENÁRIO

Para este ano a perspectiva é que os lojistas de shopping faturem pouco mais de R$ 100 bilhões. No ano passado, a cifra alcançou montante de R$ 93 bilhões. "A indústria de shopping está em forte expansão, principalmente devido ao volume de consumo das classes C e D", destaca o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.

Estima-se que o País seja o sexto no ranking mundial daqueles com mais shopping centers, atrás dos Estados Unidos, Canadá e China. Somente os norte-americanos têm à disposição mais de 40 mil complexos comerciais.

No País, predominam os shoppings tradicionais, com mix de loja completo (553). Os rotativos, compostos por estandes e boxes somam 85. Enquanto os temáticos, caracterizados por um único segmento, como móveis ou carros são 83. E os atacados, que vendem para lojistas, como roupas, totalizam 45.

O crescimento na renda no interior do País atrai aportes para essas áreas. Há 20 anos, 70% dos complexos estavam em grandes centros e 30% em locais afastados. Até 2010, era metade para cada lado, mas 65% das novas construções ocorrem agora no interior.

 

FLUXO

Os 766 empreendimentos em operação no País, que somaram 99.248 lojas até o fim do ano passado, registraram fluxo de 450 milhões de pessoas por mês em seus corredores, aponta levantamento realizado pela Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) em parceria com o Ibope Inteligência.

Na região Sudeste, os centros de compras receberam em média 268,4 milhões de pessoas mensalmente durante o ano passado. O Nordeste ficou com a segunda maior fatia, de 67,8 milhões de consumidores.

O levantamento apontou também que havia 124 shoppings em obras em dezembro de 2010, que devem entrar em operação até o primeiro semestre de 2013, com o total de 19.952 lojas.

Investimentos programados nas obras até 2013 totalizam R$ 6,331 bilhões. "Este foi o montante levantado no mercado de capitais pelas empreendedoras de shopping centers que fizeram lançamento de ações nos últimos anos", afirma o presidente da entidade, Nabil Sahyoun