ACIGABC

Notícias

REDUÇÃO DAS INCERTEZAS POLÍTICAS É ESSENCIAL PARA MERCADO DE IMÓVEIS

12.06.2016

Neste domingo, dia 12 de junho, o governo interino de Michel Temer completa um mês. Passada a euforia do mercado por conta da mudança de governo, agentes econômicos continuam cautelosos frente às perspectivas de recuperação. A DataZAP, área de inteligência e big data do ZAP, observa que os primeiros sinais de retomada da confiança já são aparentes, mas a materialização de decisões de investimento e de consumo dependerão da evolução e do desempenho desta nova configuração política. “O governo interino formou uma equipe econômica muito forte que, ao colocar a recuperação fiscal no centro da agenda, está encaminhando pelo menos três grandes frentes de atuação benéficas ao mercado imobiliário: redução das taxas de juros, geração de emprego e renda e recuperação do mercado de crédito”, aponta Danilo Igliori, chairman da DataZAP. Porém, a partir da queda do ministro Romero Jucá e dos demais desdobramentos políticos relacionados à Operação Lava Jato, surgiram novas incertezas políticas com impactos potenciais quanto ao futuro da economia brasileira. “Como os ativos imobiliários estão ficando mais baratos, investidores estrangeiros e brasileiros estão identificando oportunidades, porém, aguardam a redução da incerteza política para conseguirem calcular os riscos e os retornos de uma forma mais palpável”, analisa. Com o impeachment, a perspectiva era a retomada do crescimento econômico até o fim deste ano, mas é possível que esse processo seja postergado em mais um semestre, ficando para junho do ano que vem. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano – o maior patamar em dez anos. “O mercado imobiliário precisa de juros menores para girar, uma vez que os financiamentos são vitais para o segmento”, diz o chairman. Outro aspecto fundamental para o mercado imobiliário relaciona-se com as perspectivas dos financiamentos realizados pela a Caixa Econômica Federal. “A Caixa é responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário no Brasil e as dificuldades enfrentadas pela instituição somam-se ao contexto desafiador que o setor está enfrentando. Apesar de esperarmos uma maior participação dos bancos privados no próximo ciclo de expansão, o papel desempenhado pelas instituições públicas continuará a ser muito relevante”, completa. (Redação - Agência IN)

últimas notícias