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A constatação de que não será possível utilizar a ponte construída para o Trecho Sul do Rodoanel sobre a represa Billings para a passagem do tramo (trecho) sul do Ferroanel agitou o meio político e defensores do meio ambiente da região. O projeto inicial previa espaço para o transporte ferroviário no pontilhão. Os dois representantes do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho e Vanderlei Siraque, criticaram o governo estadual a respeito do planejamento das obras do Rodoanel. “No mínimo mostra a falta de planejamento da rodovia. A ferrovia é muito importante para ser deixada de lado”, avaliou Vicentinho. Siraque lembrou que os projetos do Ferroanel e Rodoanel foram elaborados há mais de 20 anos e, portanto, esse detalhe poderia ser previsto. “Vai gerar mais custos para a obra do Ferroanel”, lamentou. Para o advogado ambientalista e membro do MDV (Movimento de Defesa da Vida) do ABCD, Virgilio Alcides de Farias, falta coordenação entre os poderes públicos. “A ponte que causou tantos transtornos para o ecossistema da Billings não servirá para ferrovia. Caso haja uma segunda ponte, haverá mais danos ambientais, além da redução da capacidade de armazenamento de água”, declarou. Governo estadual - Em nota, a Secretaria Estadual de Logística e Transportes afirma que não há nenhuma incompatibilidade entre as obras do modal ferroviário com as do modal rodoviário e sustentou que “nenhuma obra de arte ou trecho da rodovia foram implantados para serem compartilhados com ferrovia”. De acordo com o texto, “o que poderá ser compartilhado é a faixa de domínio da rodovia, ou seja, parte da área desapropriada para o Rodoanel Sul que não foi ocupada pela rodovia. A medida foi adotada justamente para minimizar impactos ambientais e evitar que as futuras obras da ferrovia interferissem na estrutura do Rodoanel”.